Estereótipos na carreira: alguns têm que se provar mais do que outros. Não tem jeito.
Sim, a vida é injusta. Mas o que você vai fazer com essa informação?
Photo by Markus Spiske on Unsplash.
Quando eu era adolescente, eu usava duas calças, uma por cima da outra, porque tinha vergonha das minhas pernas finas.
Na época da faculdade, eu ia de salto alto para o Campus quase todos os dias, porque eu me achava muito baixinha e morria de medo de não ser notada por causa disso.
Quando comecei a trabalhar como jornalista no mundo corporativo, eu praticamente só usava camisas de botão e calça comprida, mesmo quando estava morrendo de calor, porque eu tinha medo de que o meu dress code mais despojado não passasse credibilidade.
Ao começar a dar palestras em universidades, os saltos se tornaram mais altos, as camisas mais elegantes e até a minha maneira de falar, mais informal, passou a ganhar ares de professora-intelectual-acadêmica-cheia-de-títulos.
Eu não me esqueço de um dia, em uma dessas palestras, em que um professor me confundiu com uma aluna e chegou a debochar de mim e a fazer piada do meu tipo mignon quando eu o corrigi dizendo que eu era uma das palestrantes convidadas.
"Vão rir da sua cara", ele disse. "Você realmente tem experiência nesse assunto?".
Eu já estava nervosa. Aquela seria uma das minhas primeiras palestras no meio acadêmico. Imagina como eu fiquei?
Foram anos lutando contra o meu perfil mignon e me montando toda para tentar convencer as pessoas de que sim, eu era boa no que eu fazia, apesar da cara de menina…
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