Não precisa ser tão pesado assim.
Eu não sou a pessoa good vibes, eu tenho pavor de discursos ancorados na positividade tóxica, eu sei que só pensar positivo não basta, mas, olha... Eu realmente acredito que dá pra ser mais leve.
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Há tempos venho compreendendo o quanto a vida terá também o peso que damos a ela. Sim, eu sei. Há coisas que simplesmente acontecem e que não estão sob o nosso controle. Coisas às vezes tristes, doloridas, difíceis de lidar. Porém, apesar dos pesares todos, pelo bem da minha saúde mental, tenho aprendido ao longo do processo a encarar tudo o que me acontece com mais leveza. A dramatizar menos. A reclamar menos. A superestimar menos aquelas coisas que, a bem da verdade, não dependem de mim para acontecer ou deixar de acontecer. Elas simplesmente são. Ou serão. Simples assim.
A vida sabe o que faz. E mesmo que às vezes escreva por linhas tortas e curvas, eu tendo a acreditar que, no fim das contas, ela só deseja mesmo o nosso bem. Eu sei. Nem sempre é possível compreender uma coisa dessas, principalmente quando em alguns momentos essa mesma vida se mostra tão carrasca, difícil, injusta e cruel. Mas ficar pensando nisso o tempo todo, sempre focado em tudo de ruim que nos acontece ou pode nos acontecer, também não ajuda em nada, não é mesmo? E pesa. Pesa demais.
O seu fardo é o seu fardo. Necessário para o seu aprendizado. Fundamental para que você fortaleça os músculos da resiliência, da coragem e da fé em si mesmo. No entanto, se muitas vezes você adiciona a ele um peso ainda maior – através de atitudes e pensamentos de negação e de revolta o tempo todo (tudo bem sentir raiva, ficar triste etc. Somos humanos, ok?) – ou se insiste em carregar nas costas pesos que não são seus, que culpa tem quem quer que seja dessas suas escolhas?
Não precisa ser pesado o tempo todo. Não precisa ser complicado o tempo todo. Não precisa ser tenso, chato, angustiante e até doído o tempo todo. E você também não precisa – e nem deve – carregar o peso do mundo nas costas, justamente porque há um limite entre ajudar e impedir que o outro aprenda por si mesmo, entende?
Eu posso caminhar com você. Mas não posso caminhar por você. E se eu insisto em querer carregar o seu fardo nos ombros, por amor, por pena, por vontade de te ajudar ou pelo que for, estou tirando de você a chance de você aprender e crescer com as suas próprias escolhas. E de se fortalecer com as pancadas da vida também (tudo bem que dá pra aprender de outra maneira, né? Não precisa ser só pela dor. Mas sabe como é, às vezes a vida é dura mesmo…).
Porque a gente vai cair inúmeras vezes ainda, não se engane. E vai pensar em desistir outras tantas também. No entanto, ao exercitarmos os nossos músculos da resiliência e da coragem, mesmo com medo, descobrimos, sim, o quanto somos muitos mais fortes e mais capazes do que imaginávamos ser.
E é aí que a gente entende: é na trajetória que a mágica acontece.
Photo by Tim Mossholder on Unsplash.
Sobre a conexão com o positivo.
Já reparou como, muitas vezes, fazemos de um pequeno acontecimento uma verdadeira catástrofe? A coisa era pequenininha, fácil de resolver, mas a gente coloca tanto peso naquilo que, de repente, o que era uma gota d´água se transforma numa devastadora tempestade. E pronto. A sensação é de que destruímos tudo ou que não há mais o que fazer diante dos estragos todos.
É aquela velha história: ou você coloca tanto peso naquilo, e a coisa estoura sem necessidade – a vida te deu um saco de arroz, mas você faz questão de adicionar à sua cestinha o mercado todo – ou, de gotinha em gotinha acumulada – aqueles pequenos avisos de que alguma coisa não está legal e que você precisa fazer algo a respeito – chega uma hora em que o copo transborda e você nem percebe.
Seja em um caso ou no outro, há de se encarar o AGORA e buscar a conexão com a positividade (não a tóxica, mas a saudável e a necessária para te manter funcional, minimamente otimista e confiante na vida).
Ao se sintonizar com pensamentos mais otimistas, mais leves e mais conectados com o amor, a gratidão e a aceitação daquilo que não está sob o nosso controle e que, portanto, não podemos mudar, criamos ao nosso redor um campo energético de mais proteção, otimismo, leveza e amorosidade, justamente porque, nas sábias leis do Universo, não são os apostos que se atraem, mas, sim, os semelhantes.
Consegue compreender?
Tudo o que armazenamos – as conversas que temos, os livros que lemos, os filmes e programas que assistimos, as pessoas com quem convivemos, os caminhos pelos quais passamos, as músicas que ouvimos, os sites que entramos – vai nos construindo de alguma maneira, seja formando novas crenças ou reforçando aquelas que já cultivávamos dentro de nós, muitas vezes ligadas a uma visão pessimista, incrédula e até traumática da vida.
E tudo isso porque, muitas vezes, somos nós que estamos pegando pesado demais (não a vida, mas nós mesmos).
Para gerar mais leveza, não se fixe naquilo que não alimenta a sua alma e que só te conecta com energias ruins: catástrofes, tragédias, violência, conversas vazias e maledicentes, reclamações, revoltas, pessoas tóxicas, rótulos e padrões inalcançáveis que só te levam a querer ser alguém que você não é e a precisar de algo que você não precisa. Não estou dizendo que você deve se tornar um alienado e se fechar numa bolha, não é isso. Mas ficar sintonizado o tempo todo com coisas ruins, ao lado de pessoas que esgotam a sua saúde mental, não é a estratégia mais inteligente para não surtar, não é mesmo?
Conecte-se com a positividade.
Fale de coisas boas, busque por leituras edificantes, assista a mais comédias e programas que te façam sorrir e acreditar um pouco mais nas pessoas, no mundo, em você mesmo. Cerque-se de pessoas otimistas e verdadeiras, dance mais, abrace mais, beije mais, ame mais, agradeça mais. Sim, gente! Não precisa dizer “gratiluz”, mas dá pra ser mais leve! Rs
Brinque com o seu cachorro, brinque com você mesmo, deixe que o seu lado criança floresça sem medo do ridículo. Procure desenho em nuvens. Reserve tempo para contemplar a vida pela janela, caminhar por um lugar bonito, conversar com o senhorzinho que tem tanta história pra contar, grifar aquela parte do texto que você gosta, escrever uma mensagem carinhosa, ligar para o seu melhor amigo, tomar um café com uma pessoa querida, meditar, tirar uma soneca, não fazer nada. Só ser.
Conecte-se com a positividade.
Retribua um elogio. Elogie. Seja gentil com aquela pessoa difícil. Procure enxergar beleza onde quase ninguém vê. Procure não apontar o dedo na cara do outro. Nem se transformar naquilo que te feriu (todos nós julgamos o tempo todo, mas, ao tomar consciência disso - e evitar que esse julgamento se materialize e/ou se desdobre em outros julgamentos mais -, a coisa fica menos pesada, né?).
Todo mundo tem problema. E todo mundo passa por situações às vezes muito difíceis e dolorosas mesmo.
Mas não precisa ser pesado o tempo todo.
Se agora está ruim, amanhã é um outro dia.
“Entrego, aceito, confio e agradeço”.
Eu sou uma otimista realista: tem sempre uma coisa boa para acontecer na vida da gente.
Com amor,
Ana.
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