Weniger aber besser: a minha mais nova filosofia de vida.

"Só quando nos permitimos parar de tentar fazer tudo e deixar de dizer sim a todos é que conseguimos oferecer nossa contribuição máxima àquilo que realmente importa".

Photo by Ray Hennessy on Unsplash.

“Weniger aber besser”. Seria difícil encontrar uma definição mais maravilhosa para o essencialismo do que a expressa nestas três palavrinhas em alemão: Weniger aber besser (em tradução livre: menos porém melhor).

Diante de tantas e tantas possibilidades de ser, fazer, interagir, trabalhar, escolher, comunicar… Viver, enfim, sinto que fomos perdendo a capacidade de filtrar o que é importante e o que não é. O que é prioridade pra gente e o que pode esperar um pouco (ou muito mais) para ser feito. E até aquilo que, definitivamente, não agrega, não inspira, não vale a pena, não faz o menor sentido de estar ali.

Para além da sobrecarga de opções com as quais nos deparamos todos os dias, o tempo todo, há também uma sobrecarga de opiniões tão cansativa quanto. Você abre as suas redes sociais despretenciosamente e logo se depara com uma verdadeira avalanche de estímulos, gatilhos, distrações e opiniões não solicitadas por todos os lados.

Para que você abriu aquele aplicativo mesmo? Como é que foi cair naquele perfil? Desde quando o carrinho de compras daquela loja online ficou cheio daquele jeito? Por que é que você está lendo os comentários daquele post que nem foi você quem fez? Calma, não era só para dar uma espiadinha rápida no feed? Não era só para descansar um pouquinho do trabalho? Mas quanto tempo se passou ali sem que você se desse conta? E aqueles compromissos todos que você tinha? E os problemas que precisava resolver?

Surgiu uma demanda do seu chefe neste exato momento. Que demanda é essa, meu Deus? Será que ele se esqueceu de tudo o que você já tinha que fazer? Como resolver mais um problema de última hora se você já tinha várias pendências antes? Mas a mensagem dizia que era urgente! Aliás, várias mensagens estavam ali na categoria de “urgentes”. Desde quando tudo se tornou urgente dessa maneira? Qual seria a urgência mais urgente urgentíssima em meio a tantas urgências que foram surgindo feito ervas daninhas naquela última hora em que você só queria se distrair um pouco nas redes sociais?

Calma novamente. Você precisa sair daquelas abas todas e abandonar aquele carrinho de compras para finalmente conseguir se concentrar. Depois você olha o carrinho. Mas… Depois quando? “Quando der”, você diz. Tá complicado agora. Muitas demandas de trabalho. Muitos problemas pra resolver. Seu filho, aliás, acaba de te mandar uma mensagem… Você para mais uma vez para checar o que aconteceu. Mensagem de filho é sempre importante… Enquanto tenta responder ao filho, você percebe que outras notificações ainda não foram lidas… Tem uma daquele seu colega de trabalho que está tocando aquele projeto grande com você. “Preciso ler”, você pensa. Deve ser importante. E, de repente, você se vê respondendo a uma série de coisas que não estavam programadas (ou estavam?).

“Não tenho tempo pra nada”, você diz, enquanto percebe que vai ter que faltar à academia novamente…

Vamos falar sobre essencialismo?

No dossiê abaixo, um compilado de tudo o que aprendi, experimentei e estou aplicando na minha vida (com sucesso) de forma que eu possa focar no que realmente importa, fazendo menos, porém melhor.

Weniger aber besser.

Bora?